Perdão!
Perdoar é vasculhar da mente as lembranças e apagar as mágoas do coração! Ou seja, não adianta dizer simplesmente: “Eu te perdoo!”. O perdão requer um sacrifício muito grande e sinceramente não conheço alguém que o tenha feito em sua plenitude. O mais comum é perdoarmos até a próxima briga ou acontecimento que nos leve a lembrar do ocorrido e atirar todos os erros do outro em sua cara, deixarmos latente o sentimento de revolta, indignação e muitas vezes, traição. Mas, porque nos é tão custoso perdoar o próximo? Orgulho? Rancor? Talvez, a explicação esteja no fato de sermos imperfeitos! Apenas Jesus foi capaz de exercer este sentimento em sua totalidade e se lembrarmos de algumas passagens bíblicas, o próprio apóstolo Pedro, seguidor fiel do filho de Deus não conseguiu perdoar seus malfeitores e por muitas vezes foi repreendido por isto. “A inclinação do homem é má”, diz a bíblia. Então, não é surpresa alguma termos tanta dificuldade em darmos o perdão e ficarmos remoendo os erros e fracassos de outrem para conosco. Mas, isto não significa que devamos nos prender a este fato para explicar todas as nossas fraquezas e sim para lembrarmos de que também erramos e no mínimo podemos tentar nos colocar no lugar do outro, contemporizar determinadas situações buscando a melhor forma de convívio. Conciliar é sempre a melhor saída! Deixar passar o momento mais crítico de um desentendimento, evitar discussões que nos levem a dizer e ouvir coisas que ofendem e degradam a moral uns dos outros. Seja qual for a situação, é sempre necessário uma das partes estar consciente, flexível e disposta a evitar um conflito. Mais fácil é evitar o desentendimento que conceder ou obter o perdão depois de iniciado o embate. O perdão só se faz necessário quando esquecemos de pensar no outro e agimos segundo nosso próprios interesses e julgamentos. É muito fácil exigirmos sermos perdoados, mas, e você? Consegue lembrar de alguém a quem concedeu o perdão em sua forma mais ampla? Sem questionamentos, comentários, lembranças ou cobranças? Lembra daquela amigo, namorado, irmão que te fez algum mal? Há quanto tempo ocorreu o fato? Consegue encontra-lo sem remontar o ocorrido em sua mente?
Gérson Prado